Negligência

O indivíduo negligente é aquele descuidado das suas obrigações, ou seja, sabe o que deve e precisa fazer, mas deixa para depois, relaxa, faz “corpo mole”. Queremos analisar a negligência, relacionando-a com o nosso trabalho de auto-aprimoramento moral, com as obrigações relativas aos compromissos já assumidos conosco mesmo na reforma interior. Nesse aspecto, somos todos negligentes, porque já entendemos muito bem nossas atribuições, mas simplesmente não as realizamos com a necessária intensidade e a desejada freqüência.

A negligência pode também indicar desinteresse no que nos cabe fazer, no esforço próprio que precisamos desenvolver para nos aperfeiçoar progressivamente. Não tendo o devido interesse no que pretendemos realizar, evidentemente o negligenciamos, o que é mesmo mais comum, ou seja, o comodismo atua com predomínio em nossas ações. Procuremos examinar como a negligência se manifesta em nós e também de que forma. Assim, poderemos mais facilmente combatê-la:

– Descuido na observação dos esforços que precisamos desenvolver para conter nossos impulsos grosseiros;
-Desatenção nos compromissos de orar e vigiar para não cairmos em tentações;
– Menosprezo às oportunidades de contribuir em benefício do próximo, com uma palavra confortadora, um esclarecimento, um auxílio material;
– Preguiça em fazer algo desinteressadamente ao próximo, na freqüência ao grupo de estudos e aprendizado, na leitura esclarecedora de obras necessárias, na conversa reconciliadora no âmbito familiar, no posicionamento administrativo ponderado nas funções trabalhistas e em tantas outras ocasiões em que os receios nos inibem as ações transformadoras;
– Irresponsabilidade no que nos foi confiado em atribuições assumidas no grupo cristão, nas tarefas que nos dizem respeito. Ao convite feito pesemos nossas possibilidades de cumpri-lo. Uma vez aceito, a não correspondente parcela de trabalho reflete irresponsabilidade;
– Desordem na própria arrumação de objetos que se destinam às distribuições caridosas, no trato dos cadernos e registros de contribuições, nos livros que formam as bibliotecas das associações beneficentes, na conservação dos móveis e utensílios do nosso grupo de trabalho cristão, e nos pertences pessoais que nos servem de instrumentos como indumentária, obras de consulta, ferramentas, cadernos de anotações, objetos de uso, todos merecedores de nossos cuidados e zelo;
– Imprevidência no planejamento e discussão dos programas de atividades que se buscam realizar, nos centros comunitários aos quais integremos nossa colaboração, deixando ao acaso e aos espíritos protetores o desenrolar das tarefas que nos conferem.

Do acima exposto, resta-nos conhecer “quão” negligentes somos para, então, aplicar os meios de diminuir esse defeito em nosso íntimo, o que é uma das importantes metas a serem atingidas. Saiba+ Vaidade Ney P. Peres